Análise de ana terra

4436 palavras 18 páginas
Análise de “Ana Terra”, de Erico Verissimo
Introdução
Ana Terra é um capítulo de O Continente, livro que compõe a trilogia O Tempo e o Vento, de Erico Verissimo. Esse capítulo adquiriu tanta importância que o próprio autor lhe deu permissão de formar um pequeno romance à parte. Um capítulo marcante que traduz a dura vida de famílias de poucas posses tentando construir uma base sólida na região, através do cultivo da terra e da criação de gado. Como em todo o livro, as passagens estão permeadas de crítica social, principalmente em relação à violência e aos privilégios que originaram uma sociedade onde terra é sinônimo de desigualdade.
Apesar de toda a humanidade da mulher Ana Terra, ela vira mito com dimensões sobre-humanas, para além do
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4. A profissão de parteira que Ana adotou como uma metáfora da vida, enquanto a seu redor guerras e revoluções campeiam com todo um tributo à destruição e à morte. Decorreu daí também o seu ardente pacifismo e seu entranhado ódio à violência em que os homens pareciam se comprazer.

5. A relação que Ana estabeleceu entre o vento e as coisas importantes de sua vida, a associação entre as "noites de vento, noite dos mortos" e, por fim, a própria ligação do vento com a memória feminina. Essa memória - instigada pela natureza - é ao mesmo tempo o tormento, o consolo e a arma de defesa das mulheres contra a falta de sentido da existência.

4. Aspectos sociais
O autor não é nem historiador, nem sociólogo, mas a trilogia inteira de O Tempo e o Vento se impregna de importante conteúdo social. Tudo gira em torno de famílias, de cidades, na formação de uma “nação”.
Em Ana Terra afloram muitos problemas sociais que podem ser exemplificados. O regime do rancho, da estância é o paternalista: o pai, o marido tem a primeira e última palavra. E não se discute. Impõe sua vontade, a começar da partida de São Paulo para a solidão do Sul. Todos, mulher, filha e filhos se submetem à “onipotência” do cabeça do clã.
“D. Henriqueta respeitava o marido, nunca ousava contrariá-lo” (12). Quebra-se a rigidez do domínio absoluto do pai, quando um dos filhos se casa com mulher da cidade e abandona a estância.
"Aqui faço o que quero,

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