Alterações fisiológicas durante um período de jejum prolongado.
É considerado jejum quando o individuo passa por um período sem se alimentar de no mínimo 6 horas. Já o jejum prolongado, é necessário no mínimo 72 horas de privação alimentar.
Variadas razões podem levar o individuo ao jejum prolongado, como greve de fome, razões religiosas, patológicas, períodos pós-cirúrgicos, ou a vontade de emagrecer.
Durante a privação alimentar, o corpo tenta se adaptar para continuar oferecendo energia suficiente a órgãos e tecidos. Embora isso aconteça, o período de jejum prolongado e extremamente prejudicial a saúde, pois as reservas energéticas não são suficientes, principalmente a de carboidratos, já que a glicose e a principal fonte energética de grande parte dos órgãos, como o cérebro, e …exibir mais conteúdo…
O fígado armazena a glicose na forma de glicogênio. Durante o jejum, ocorrerá a glicogenólise, que é a quebra do glicogênio. Dessa forma o fígado passa a liberar a glicose que tinha armazenado. Como o glicogênio só consegue suprir a demanda de glicose por algumas horas, o fígado também realizará a gliconeogênese, que é a produção de glicose a partir de não-carboidratos, como o lactato das hemácias, o glicerol dos triglicerídeos e os aminoácidos do músculo esquelético. 1.2 PAPEL DAS HEMÁCIAS NO JEJUM
As hemácias utilizam a glicose como fonte de energia independente da presença de insulina. Nessas células as vias glicolíticas ocorrem a partir da produção de lactato. O lactato que e produzido nas hemácias e convertido em glicose no fígado a partir da gliconeogênese hepática.
1.3 PAPEL DO MÚSCULO NO JEJUM
O músculo pode utilizar ácidos graxos e corpos cetônicos como fonte energética. Após um tempo de jejum, o