Ahmnat, os amores da Morte. pdf

9852 palavras 40 páginas
hmnat
A
Julien De Lucca

Os

a m o r e s da

Morte

Julien De Lucca

Os

a m o r e s da

Morte

(Câmara

Brasileira

do

Livro,

SP,

Brasil)

De Lucca, Julien
Ahmnat : os amores da morte / Julien De Lucca. -Belo HorizonteJulien Gutenberg Editora, 2011.
Copyright © 2011 : De Lucca
Copyright © 2011 Editora Gutenberg

ISBNgráfico projeto 978-85-8062-008-5
Diogo Droschi editoração eletrônica
1. Ficção - Literatura juvenil I. Título.

Christiane Morais de Oliveira revisão Cecília Martins gerente editorial

Gabriela Nascimento

Revisado conforme o Novo Acordo Ortográfico.

Todos os direitos reservados pela Editora Gutenberg. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, seja por
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Recebi um chamado que não pude ignorar.
– Não tem problema, – disse o rapaz, fazendo um gesto para que continuasse. Ajeitou os cabelos caídos sobre a testa, cruzando as pernas – prefiro que conte quando puder.
– Hoje eu posso. Só achei que já tivesse contado essa parte. E devo confessar que, mesmo que esteja marcado a ferro em minha alma, não me lembro mais de tantos detalhes assim. Faz muito tempo – disse ela, perdendo-se por um momento em memórias distantes.
– Imagino. Afinal, como você disse, foi o que a tornou o que você é hoje.
– Parece-me que todos já sabem essa história... É estranho saber que posso tocar todas as vidas, mesmo sendo hoje o antônimo do que se conhece por vida em si – ela chacoalhou a cabeça e piscou os olhos, dirigindo-se a ele novamente. – Mas, voltando ao assunto, a visita que recebi era uma personificação de um poder maior, uma criatura que se dizia emissário de algo divino. Não sei ao certo se realmente esse ser serve ao Diabo ou a
Deus mesmo. Nem nunca soube. Posso dizer apenas que sempre o chamei, naquele tempo e até hoje, de Maldito.
– Maldito?

10

O M a l di t o

E

la tinha um rosto tão lindo! A pele suave e quase perfeita. Meu desejo era ficar com ela, todo o tempo. Em seus braços sentir aquele calor que se sente por alguém que o protege, como se envolvida por uma muralha macia. Ela me olhava com seus cintilantes olhos azuis como se quisesse me hipnotizar. Não sei se a intenção era

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