Acidez e basicidade
O primeiro reconhecimento da existência de ácidos e bases foi baseado, perigosamente, no critério do gosto e do tato: os ácidos eram azedos e as bases lembravam sabão. Uma maior compreensão química das suas propriedades emergiu da concepção de Arrhenius de um ácido como composto que produzia íons hidrogênio em água. As definições modernas, estão baseadas em uma gama maior de reações químicas. As definições de Bronsted Lowry enfocam a tranferência de próton, e a de Lewis está baseada na interação de moléculas e íons doadores e receptores de pares eletrônicos. (SHRIVER E ATKINS – 2003)
Fundamentado em experiências de condutividade elétrica, o químico Arrhenius propôs, em 1887, a seguinte definição:
Ácido é todo composto que, dissolvido em H+ como único cátion (o ânion varia de ácido para ácido).
Base é todo composto que, dissolvido em água, origina OH- como único ânion (o cátion varia de base para base).
Assim, para Arrhenius, o íon H+ é o responsável pelo sabor azedo dos ácidos e pela sua ação sobre indicadores. Da mesma forma, o íon OH- é o responsável pelo sabor adstringente das bases, pela ação sobre indicadores e pelo ataque à pele, tornando-a escorregadia. (TITO E CANTO – 1996)
Johannes Bronsted na Dinamarca e Thomas Lowry na Inglaterra propuseram (em 1923) que o aspecto essenc ial de uma reação ácido-base é a transferência de um próton de uma espécie para outra. No contexto das definições de Bronsted-Lowry, um próton é um íon