AS REVOLTAS URBANAS NA REPÚBLICA VELHA
No entanto, não podemos imaginar que, apesar de controlarem o poder de forma hegemônica durante mais de 30 anos, essa tenha sido uma tarefa fácil. Os trabalhadores, marginalizados politicamente e explorados economicamente rebelaram-se diversas vezes contra o poder das oligarquias, tanto nas cidades como no campo.
AS CIDADES
Desde o final do período monárquico as cidades conheceram um crescimento acentuado, apesar de o país preservar uma estrutura econômica essencialmente rural. A atividade financeira e industrial contribuíram para essa urbanização, assim como a abolição da escravidão. Nesse sentido o crescimento foi acompanhado pela formação da classe operária e de uma camada de trabalhadores braçais desqualificados, negros e mulatos, marginalizados ainda pelo preconceito racial.
O crescimento desordenado das cidades, em especial o Rio de Janeiro - capital do país - foi acompanhado pela marginalização, com as camadas pobres da população ocupando a periferia da cidade, as áreas baixas, sem as mínimas condições de saneamento.
A pobreza era bastante acentuada, fato que contribuiu para a eclosão de movimentos que passaram a contestar a ordem