A arte de esquecer - Resenha
Artigo: IZQUIERDO, I; BEVILAQUA, LRM; CAMMAROTA, M. A arte de esquecer. Estudos Avançados. 2006
A maior parte das informações que recebemos durante a nossa vida são esquecidas. Os eventos comuns que ocorrem durante o dia-a-dia de toda a nossa vida não são gravados, a não ser que o evento seja altamente emocional ou fora da nossa rotina diária.
Existem vários motivos e mecanismos para que as pessoas se esqueçam de determinadas informações. Um deles é o fato de que os mecanismos da memória se saturam.
O fato de que nos esquecemos de muitas informações é importante e é necessário ao ser humano esquecer, ou tentar manter longe da evocação algumas memória, como, por exemplo, memórias que perturbam, que nos prejudicam (fobias) ou que nos perseguem.
Existem muitas formas de esquecimento. A forma mais estudada é a extinção, mas também existe a repressão, popularizada por Freud, a memória de trabalho, que dura a penas alguns segundos, a memória de curta duração e algumas memórias que duram apenas alguns dias, sendo esquecidas depois deste período. Existe também, o esquecimento real, que são memórias que desaparecem por falta de uso.
A extinção tem um valor adaptativo muito grande para os seres humanos, pois impede que as pessoas insistam na realização de comportamentos ou manutenção de pensamentos que já não se ligam com a sua realidade atual.
A repressão de memórias pode ser voluntária ou inconsciente. Na repressão voluntária as pessoas tentam não evocar memórias