A Trajetória do Welfare State no Brasil: Papel Redistributivo das Políticas Sociais dos Anos 1930 aos Anos 1990” e Políticas sociais

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De acordo com a argumentação presentes nos textos “A Trajetória do Welfare State no Brasil: Papel Redistributivo das Políticas Sociais dos Anos 1930 aos Anos 1990” e Políticas sociais sob a perspectiva do Estado do Bem-Estar Social: desafios e oportunidades para o “catching up” social brasileiro”, desenvolva uma argumentação explicando a dificuldade do Estado brasileiro em promover um processo de redução das desigualdades sociais.

A desigualdade social é considerada o maior problema estrutural do Brasil e exprime-se em múltiplos aspectos. Diferenciais nas condições de vida e saúde são historicamente evidenciadas entre grupos populacionais distintos. Propõe-se discutir aspectos da desigualdade social, equidade, vulnerabilidade e
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As desigualdades são traduzidas nos indicadores demográficos ou epidemiológicos, reveladas nas condições de saúde e acesso ou utilização de recursos assistenciais e podem ser determinadas pela renda, educação e classe social, e resultarem de um sistema de injustiça social (ALMEIDA-FILHO, 2009).
Na área da saúde, o conceito de desigualdade é compreendido como a distribuição desigual dos fatores de exposição dos riscos de adoecer ou morrer e do acesso a bens e serviços de saúde entre distintos grupos populacionais (DUARTE et al., 2002).
A desigualdade social está refletida nas desvantagens materiais e simbólicas sofridas historicamente pela população negra e legitimadas pelo Estado brasileiro. Para Carvalho (2005), as desigualdades tendem a se perpetuar caso o Estado continue adotando os mesmos princípios políticos considerados universalistas na distribuição de recursos e oportunidades, mas que na prática favorecem a poucos segmentos da sociedade e continuam excluindo populações com histórico secular de discriminação.
Nessa perspectiva, equidade incorpora em seu conceito algum valor de justiça distributiva, parte do reconhecimento de que os indivíduos são diferentes entre si, portanto, merecem tratamento diferenciado, de modo a garantir mais direitos a quem tiver mais necessidades. Dessa forma, nem toda desigualdade corresponde a iniquidade no sentido de injustiça. A iniquidade, em

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