– A Consolidação do Conhecimento: Antigas e Novas
Instituições
O capítulo III discute a consolidação do conhecimento. O autor mostra a universidade medieval como transmissora de saberes: “Nessa época, admitia-se como indiscutível que as universidades deviam concentrar-se na transmissão do conhecimento, e não em sua descoberta” (p. 38). As disciplinas que podiam ser estudadas, pelo menos oficialmente, eram fixas: as setes artes liberais e os três cursos de pós-graduação de teologia, direito e medicina. O debate era incentivado, sendo que havia uma “disputa” formal, um sistema de argumentações como uma corte de justiça em que indivíduos diferentes defendiam ou criticavam diferentes “teses”. A diversidade de saberes, às vezes em competição e conflito, ajuda a explicar a mudança em termos intelectuais. As universidades desempenhavam sua função tradicional de ensinar efetivamente, mas não eram, em termos gerais, os lugares em que se desenvolviam idéias novas. Segundo o autor sofriam de “inércia institucional”, mantendo usas tradições corporativas ao preço do isolamento em relação as novas tendências. O autor discute os movimentos culturais do Renascimento, da Revolução Científica e do Iluminismo como processos de inovação intelectual pois envolviam a rejeição tanto da tradição clássica quanto medieval, inclusive de uma visão de mundo baseada nas idéias de Aristóteles e Ptolomeu. O que importa nesse exemplo não é afirmar