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Traçar a trajetória do corpo na escritura do ficcionista Caio Fernando Abreu, a circulação e a disseminação de suas narrativas pelos fragmentos textuais, através de múltiplas fraturas e interstícios por eles abertos no espaço da narrativa pós-moderna, não é mais do que tentar percorrer, reescrevendo-a enquanto leitura do desejo, de signos esfacelados e espalhados como Osíris. Nesse recortes de si, teremos desenhos de Caio por viés. Sempre aos saltos, vestido de preto, com ladrilhos de espelhos colados pela roupa, ora dark, ora hippie, ora etéreo, meio poeta noturno, lunar, verborrágico e com extrema sensibilidade. Costumava dizer que era o retrato vivo de todos os clichês de seu tempo.
(Adicionado: 2ªf Set 22 2008 | Visitas: 78 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarInaugurando, em 7 de janeiro de 1977, a cadeira de semiologia literária, do Colégio de França, Roland Barthes (1915-1980) pronunciou uma aula inaugural (editada, em 1978, por Seuil: Leçon), onde, depois de definir a literatura como “uma revolução permanente da linguagem” (BARTHES, s.d., p. 18), indica três forças da literatura, designadas por “três conceitos gregos: Mathesis, Mimesis, Semiosis ( BARTHES, s.d., p. 18). Pela força da mathesis, a literatura abriga todos os saberes, caracteriza-se por ser “enciclopédica” e “faz girar todos os saberes” (BARTHES, s.d., p. 18). O escritor francês levanta a hipótese de que, se todos os saberes devessem, por uma força qualquer, ser abolidos, só a disciplina literária deveria ser salva, “pois todas as ciências estão presentes no monumento literário” (BARTHES, s.d., p. 18).
(Adicionado: 6ªf Set 19 2008 | Visitas: 81 | Colocação: 10.00 | Votos: 1) AvaliarEste ensaio pretende apontar reflexões sobre o Mito de Narciso, tentar estabelecer ligações entre o objeto de arte e os signos que ele sugere, à luz da Semiologia, de Roland Barthes, ampliadas e complementadas por outros estudiosos da área. Estes autores discutem o signo no seu sentido múltiplo e renovável, que muda de leitura para leitura, e que faz do homem sujeito de significações, ativo e instaurador de signos, que consegue reconhecê-los, compartilhá-los e estabelecer relações entre eles, extraindo significados e conhecimento.
(Adicionado: 6ªf Set 19 2008 | Visitas: 82 | Colocação: 7.00 | Votos: 3) AvaliarAinda que permanecendo no seu carácter sibilino, esta passagem parece concentrar o essencial de uma certa visão histórica, que se encontra intrinsecamente ligada ao messianismo, o qual tem um “lugar” privilegiado na linguagem. A imagem da redenção e a ideia de felicidade que lhe está intimamente associada, congrega em si o ponto de acesso à compreensão da história e da linguagem. É o próprio Benjamin quem afirma que ela é a chave ou o operador que lança a ponte entre a visão materialista dialéctica e a visão teológica da história. Uma vez que Benjamin, desde a sua juventude, se apresentara como um continuador de Kant, ocorre-nos questionar em que momento da sua vida/obra ele se terá confrontado com o seu próprio desacordo relativamente à estética, à ética e à história kantiana e terá compreendido no messianismo a força e o princípio do que viria posteriormente a conformar, senão o mais fundamental aspecto do seu pensamento, uma das mais importantes directrizes do mesmo.
(Adicionado: 6ªf Set 19 2008 | Visitas: 80 | Colocação: 8.00 | Votos: 1) AvaliarUma das últimas cartas de Walter Benjamin, publicada no segundo volume da edição francesa da sua correspondência, no Verão de 1940, pouco tempo antes da sua morte, é dirigida a Hannah Arendt. Sem dúvida que ele esperava juntar-se-lhe nos Estados Unidos, para onde se dirigia uma grande parte dos intelectuais alemães e judeus que viviam exilados por toda a Europa, durante a perseguição nazi.
(Adicionado: 6ªf Set 19 2008 | Visitas: 77 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarA Festa de Babette (1987), filme de Gabriel Axel, parece ser do tamanho do mundo (se isso pode ser pensando) quando instaura crises, reflexões, devaneios em tempos de pós-modernidade. Uma poética que instiga diálogo com vários textos. O filme, que tem como pano de fundo o final do século XIX e se passa num vilarejo na Dinamarca, também aponta repressões ocorridas em Paris. Nossa leitura terá apoio nessa narrativa para falar ou propor reflexões que permitam a transgressão, inclusive a do pensamento, coisas do “tamanho do mundo” e também no conceito de intertextualidade proposto por Julia Kristeva. Portanto, não será novidade a interrelação do filme com o tema “o tamanho do mundo” porque, na formação de um outro texto, no caso desse curto ensaio, como aponta a estudiosa francesa, há um movimento simultâneo de absorção e modificação como registrado na epígrafe acima. E, nesse caso, é o deslocamento que norteará os diálogos.
(Adicionado: 6ªf Set 19 2008 | Visitas: 85 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarNenhum leitor atento da cena contemporânea deixa de experimentar uma profunda inquietação na literatura. O mal-estar contemporâneo apresenta marcas específicas em relação ao ser humano - e a literatura, conseqüentemente, não fica fora dessas discussões. Nesse cenário, a prosa vertiginosa de Caio Fernando Abreu (1948-1996) revela o ser humano pós-moderno, fragmentado, espelhado de uma sociedade hegemonizada pelo imaginário do capitalismo de consumo, e que percebe a própria vida “consumida” na sociedade do espetáculo e na angustiante corrida ao sentimento de vazio e solidão.
(Adicionado: 6ªf Set 19 2008 | Visitas: 78 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarÉ próprio dos que pensam poeticamente a sua confiança na potência da linguagem e nos seus efeitos, a qual é conquistada pela experiência constante dos seus movimentos metamórficos e pela crença da inesgotabilidade da linguagem. E o que se abandona ao exercício da linguagem poética sabe que exerce sobre os outros uma permanente inquietação, uma desestabilização que advém da impossibilidade de antecipar a compreensão do objecto. Da mesma forma que respirar é um gesto desigual, marcado pela irregularidade do fôlego e, apesar de apenas retermos dela a sua continuidade, aquele que escreve conhece bem a hesitação íntima, o recuo e o avanço, a paragem e a suspensão do pensamento ou, ainda, o abismo do indizível, o silêncio que tece, no seu movimento oculto, toda a reflexão. Esse é o estranho lugar onde se dá o encontro com o pensamento de María Zambrano. Sem dúvida inquietante e perturbadora, a escrita desta autora entranha-se na pele, arrasta o leitor, seduzindo-o, também, pela intensa carga poética da sua linguagem. Nela, as imagens convocam a clareza do pensamento, desafiando o leitor ao diálogo permanente.
(Adicionado: 5ªf Set 18 2008 | Visitas: 80 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarResumo: Dentro de uma perspectiva epistemológica, este texto propõe uma reflexão liminar sobre a semiologia, a partir da própria nomenclatura: falar “semiologia” ou “semiótica” implica significações, fincadas em pressupostos e fundamentos diferenciados. Palavras-chave: Epistemologia; Semiologia; Semiótica. De acordo com a clássica definição filosófica, a epistemologia ou, ainda, teoria do conhecimento, ou gnoseologia – investiga a natureza e os graus do conhecimento, respondendo a questões, tais como: o que podemos nós conhecer? como conhecemos? Portanto, o conhecimento constitui o tópico principal da epistemologia. Embora justapostos, quatro grupos principais de questões circunscrevem o corpus da teoria do conhecimento: sua origem, sua natureza, seus tipos, o que é conhecido. Dentro da perspectiva epistemológica, visa este texto a uma reflexão liminar sobre a semiologia, considerada em seus fundamentos.
(Adicionado: 5ªf Set 18 2008 | Visitas: 72 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarComo iguais e diferentes aprendem juntos através do dialógo literário. Segunda-feira, oito da noite. Os primeiros que chegavam iam juntando mesas e ordenando cadeiras em um grande círculo. Pouco tempo depois, cerca de 30 pessoas - homens e mulheres - se acomodavam em torno da mesa, abrindo seus livros de literaturas. Começava a Tertúlia Literária Dialógica da Escuela de Educación de Adultos La Verneda de San Martín. Durante duas horas, este grupo formado por pessoas com idade variável entre 50 e os 85 anos entrecruzavam as idéias e narrativas expostas nas obras literárias de diferentes autores com as histórias de suas vivências e os acontecimentos cotidianos, materializando um processo de educação de adultos focalizado na participação, superação da desigualdade, inclusão e mudança, via aprendizagem dialógica2. Por seis meses participei, como voluntária, desses processos sócio-educativos.
(Adicionado: 2ªf Set 01 2008 | Visitas: 79 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarO presente relatório contém a aplicação de duas técnicas estatísticas, análise factorial /análise de componentes principais e classificação de dados (ou taxonomias numéricas), a um conjunto de dados compilados do Relatório de Desenvolvimento Humano, com vista a classificar a situação dos vários Países de Língua Oficial Portuguesa relativamente ao desenvolvimento. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que o Relatório de Desenvolvimento Humano transformou em uma espécie de bandeira, tem servido como uma alternativa para se medir o desenvolvimento, suplementando o Produto Interno Bruto (PIB). De facto, baseia-se em três componentes diferentes - indicadores de longevidade, educação e rendimento per capita. Portanto, não se refere exclusivamente à opulência económica န como no caso do PIB. Dentro dos limites desses três componentes, o IDH tem contribuído para ampliar significativamente a atenção empírica dedicada à avaliação dos processos de desenvolvimento. Contudo, o Relatório de Desenvolvimento Humano integra uma rica colecção de informações, nomeadamente tabelas e informações sobre diversas características sociais, económicas e políticas que influenciam a natureza e a qualidade da vida humana. O presente relatório contém a aplicação de duas técnicas estatísticas, análise factorial /análise de componentes principais e classificação de dados (ou taxonomias numéricas), a um conjunto de dados compilados daquele Relatório, constituindo uma das componentes de avaliação da disciplina de Técnicas de Análise de Dados e Computação do Mestrado em Inovação e Políticas de Desenvolvimento, ministrado no Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro.
(Adicionado: 3ªf Ago 26 2008 | Visitas: 98 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarSobre o Romance. Descrição geral das três personagens. Relação entre as três mulheres. Fonte. O Senhor das Ilhas de Maria Isabel Barreno. Traçaremos um comentário sobre as personagens Maria Josefa, Marta e Cremilde, do romance O Senhor das Ilhas, da escritora potuguesa Maria Isabel Barreno, editado em 1994; discutindo a interessante trama que liga as três personagens e a influência que elas têm sobre o personagem principal, Manuel António; além da expressão feminina que a autora demonstra, diferentemente, entre as três, onde podemos identificar todas as mulheres.
(Adicionado: 4ªf Dez 05 2007 | Visitas: 233 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarA personagem presa no livro inglês. Peter Pan lido pelas personagens do Sítio. De Neverland para o Sítio. Entre as obras infantis de Monteiro Lobato, abordamos a adaptação lobatiana da obra Peter Pan, de James Barrie. A obra estudada apresenta-se como uma história contada dentro de outra história, ou seja, uma história contada por Dona Benta a seus netos e demais personagens do Sítio do Picapau Amarelo, em vários serões domésticos.
(Adicionado: 5ªf Nov 08 2007 | Visitas: 258 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarEmília. O nome de uma boneca provavelmente é a primeira "palavra-chave" que a memória puxa do fundo dos arquivos pessoais quando o assunto é Monteiro Lobato. A palavra Emília certamente abrirá algumas gavetas empoeiradas, onde a memória guarda O Sítio do Picapau Amarelo e todos os seus habitantes. Pode ser que, além de histórias infantis lidas e assistidas na tv, as gavetas também guardem Jecas Tatus, um artigo chamado Paranóia ou Mistificação, ou quem sabe, algumas histórias envolvendo petróleo. O que for lembrado depois de Emília pode variar bastante de leitor para leitor. De qualquer forma, a boneca, sempre metida onde não é chamada, estará sentada no topo de tudo o que estiver arquivado com a etiqueta "Monteiro Lobato". Clichê maior que começar artigo sobre Lobato falando de Emília não há. A força da boneca, porém, é grande: se Gustave Flaubert disse "Madame Bovary sou eu", Emília poderia muito bem ter dito, em suas Memórias, "Monteiro Lobato sou eu".
(Adicionado: 4ªf Nov 07 2007 | Visitas: 248 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarNo presente trabalho revisamos dados de literatura sobre o papel de telerradiografias cefalométricas laterais, procurando identificar associação entre as características ósseas craniofaciais e de tecidos moles com os dados clínicos e polissonográficos, verificando as áreas anatômicas que mais contribuem para a obstrução das vias aéreas superiores nos pacientes com Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS). Para avaliar se existe um padrão cefalométrico previsível para a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono, na presente pesquisa foram comparadas as diferenças das médias das dimensões esqueléticas craniofaciais e dos tecidos moles da faringe, em norma lateral. Diante dos dados de literatura concluímos que: os pacientes apnéicos possuem alterações no posicionamento das estruturas anatômicas ósseas, principalmente um posicionamento inferior do osso hióide em relação às vértebras cervicais, retrognatismo e dimensões aumentadas dos tecidos moles faríngeos, aumento no comprimento e largura do palato mole, principalmente, com diminuição do espaço aéreo póstero-superior, quando comparados a pessoas normais. Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono; Polissonografia; Estudo cefalométrico lateral.
(Adicionado: 2ªf Out 01 2007 | Visitas: 247 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) Avaliar15 Anteriores | Próximos 15 |