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Pretende-se neste artigo analisar a construção do discurso sobre os persas – chamados "bárbaros" pelos gregos – no filme 300. Partindo da idéia de "orientalismo", de Edward Said, procuraremos demonstrar os aspectos anacrônicos da representação que o filme faz dos bárbaros, expressando aspectos políticos contemporâneos, estranhos aos gregos antigos. De tempos em tempos surgem nos cinemas filmes que ocupam a agenda daqueles que se dedicam à História; dentre esses filmes, um dos mais recentes é 300, baseado nos quadrinhos de Frank Miller. Em função do seu conteúdo ideológico, é um dos filmes mais atuais que passaram pelas salas de cinema nos últimos tempos, embora pretenda narrar fatos ocorridos milênios atrás. Esse filme, que aparentemente mostra apenas uma batalha entre persas e gregos na Antigüidade, tem como tema central uma suposta guerra entre Ocidente e Oriente, "civilizados" e "bárbaros", Oeste e Leste, "nós" e "eles". Dessa suposta luta de razão e democracia contra misticismo e tirania, acabam surgindo mártires, lembrados como exemplo de grande bravura.
(Adicionado: 5ªf Abr 30 2009 | Visitas: 56 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarBrasil: 500 anos de quê?. O encobrimento do outro. A dominação européia: "em nome de deus". O mito do "ego" moderno. 500 anos de exploração. A continuidade do colonialismo. Ao celebrar os 500 anos do "descobrimento" do Brasil, chegada do homem europeu ao "novo" mundo, julga-se oportuno refletir sobre o que foi considerado o "mito" da modernidade, ou seja: a supremacia da razão instrumental moderna (européia), sobre o "outro", atrasado, diferente, desconhecido e por isso considerado bárbaro (índio, nativo). Pretende-se, a seguir, apresentar algumas idéias sobre a temática "Brasil 500 anos", onde a dominação cultural (histórica e filosófica), religiosa e política aparecerão implícitas. Tais argumentos seguem a fundamentação teórica de Beozzo, Dussel, Las Casas, Leon-Portilla e Todorov. Celebração significa festejar, comemorar; quem festeja e comemora ao mesmo tempo recorda, recordar é trazer à memória. Por isso pergunta-se: vamos celebrar (trazer à memória) 500 anos de que?
(Adicionado: 5ªf Abr 30 2009 | Visitas: 64 | Colocação: 10.00 | Votos: 1) AvaliarEstas notas reúnem aspectos relevantes do livro Rota 66 – A História da Polícia que Mata, do jornalista gaúcho Caco Barcellos, resumo de sete anos de trabalho de pesquisa sobre um conjunto de policiais militares que trabalhavam na Rondas Ostensivas Tobias Aguiar – Rota, e que cobriu o período entre 1970 e 1992. O livro se destaca como exemplo de um jornalismo investigativo que esclareceu um aspecto angustiante da violência urbana na cidade de São Paulo, especialmente em sua periferia e na população pobre que a habita. A violência, em seus aspectos mais abrangentes, é constitutiva da sociedade brasileira, seu passado colonial de exploração do trabalho compulsório de índios e escravos africanos e no massacre sistemático dessas populações, violência que se perpetuou nas características sociais e econômicas de uma sociedade desigual e pobre como a brasileira. Mais recentemente, à partir da ditadura militar, a violência começou a apresentar novas formas, muitas delas acompanhadas de perto seja pelos órgãos públicos, seja por inúmeras organizações privadas e mesmo por intelectuais que tentam entender alguns de seus aspectos mais perturbadores. Muitos relatos de romancistas e artistas diversos levaram em conta esse dado. Não há texto de folcloristas como Luiz da Câmara Cascudo ou página de Guimarães Rosa que não recenda um relato sobre o poder, dinheiro e a polimórfica violência presente na família, nos estabelecimentos rurais, perpetuando-se na sociedade urbana e industrializada à partir da Revolução de 30 e mais decisivamente desde a modernização conservadora da sociedade brasileira sob a ditadura militar.
(Adicionado: 3ªf Abr 21 2009 | Visitas: 70 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarA história da sociedade russa está intimamente ligada com a história mundial e sua influência terá alcance igualmente mundial, não somente por meio da chamada bolchevização dos partidos comunistas como também da Guerra Fria, na qual a polarização entre Rússia e EUA mostrava dois modelos de desenvolvimento capitalista diferenciados. Foi geralmente abordada por diversos historiadores, sendo poucos os estudos sociológicos sobre este fenômeno histórico. Nosso objetivo será realizar uma análise deste processo histórico, problematizando o que provocou tal acontecimento histórico e que tipo de sociedade foi constituída após a revolução.
(Adicionado: 6ªf Abr 03 2009 | Visitas: 75 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarO presente texto faz um balanço geral da força metodológica da categoria totalidade e de sua abdicação pela nova historiografia, mostrando a razão de ser deste acontecimento e do seu significado metodológico, marcado por um empobrecimento teórico e pela substituição de elementos fundamentais do saber, tal como a explicação, a visão crítica, a percepção da totalidade, em favor da descrição, da neutralidade e da fragmentação. O presente texto busca discutir a questão metodológica da abordagem do processo histórico centrado na totalidade ou no fragmento. Esta discussão se tornou central na historiografia, bem como perpassa as várias ciências humanas, e assume grande importância para o desenvolvimento da pesquisa social na contemporaneidade. Assim, o nosso objetivo fundamental é discutir a problemática metodológica da totalidade e da fragmentação na análise dos fenômenos históricos. Para tanto, iniciaremos discutindo alguns conceitos fundamentais, tais como os de método, categoria e totalidade e, posteriormente, tomaremos o exemplo da "nova historiografia" ("história das mentalidades", "nova história"; "história em migalhas") como objeto de análise, visando apresentar seus limites e a razão de ser deste posicionamento metodológico que fornece primazia ao fragmento.
(Adicionado: 4ªf Mar 25 2009 | Visitas: 83 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarO trabalho trata da evolução política do Brasil num período determinado de seu desenvolvimento. Discute-se o processo de conversão do "regime autoritário" no pós-1964 em regime ditatorial-militar no pós-1968. O objetivo do artigo é examinar a causa da edição do Ato Institucional n.º 5, logo, da vitória da extrema-direita militar, e, portanto, do fracasso político do movimento oposicionista nessa conjuntura. A questão central que informa a análise é a seguinte: é possível encontrar uma variável explicativa na interpretação desse processo histórico que dê conta do porquê da supremacia do "grupo palaciano" (a corrente ideológica militar então mais influente), e da sua solução para a crise do regime, bem como da derrota das "oposições"? O problema teórico de fundo aqui é o das determinações de um evento político, isto é, a articulação dos nexos causais que explicam determinado resultado histórico. São examinadas duas explicações correntes da literatura de Ciência Política e História Política e proposta uma terceira, que enfatiza, principalmente, variáveis de tipo ideológico.
(Adicionado: 6ªf Mar 20 2009 | Visitas: 86 | Colocação: 7.00 | Votos: 1) AvaliarA história das histórias em quadrinhos é marcada por uma periodização pouco questionada e que coloca o período de 1929-1939 (Gubern, 1979; Anselmo, 1975) como sendo a "época dos heróis", da "aventura" ou da "explosão dos quadrinhos" – que para uns marca a década de 30 (Bibe-Luyten, 1987) enquanto que, para outros, dura até 1937 (Renard, 1981; Baron-Carvais, 1989) ou até 1949 (Marny, 1979). Na verdade, trata-se de um período das HQ que marca o surgimento de um novo gênero, a aventura e, ao mesmo tempo, um novo papel para elas. O novo papel das HQ se inicia em 1929 e manteve sua hegemonia até 1960 e, depois dos abalos desta década, torna a ser predominante a partir da década de 70 até a atualidade, nos primeiros anos do século 21.
(Adicionado: 3ªf Mar 17 2009 | Visitas: 94 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarA Atuação de Oswaldo Aranha no Processo de Engajamento do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Estados Unidos. VIEIRA, Márcio José. A Atuação de Oswaldo Aranha no Processo de Engajamento do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Estados Unidos. Universidade Católica de Brasília. Professores orientadores: Professor MSc. Carlos Eduardo Vidigal e Professor MSc. José Romero Pereira Júnior. Junho, 2007. O estudo procura analisar a atuação de Oswaldo Aranha no comando do ministério das Relações Exteriores do Brasil, destacando o seu papel na definição do alinhamento brasileiro aos Estados Unidos e aos Aliados no conflito internacional. Para isso, foram consultadas, basicamente, fontes primárias e secundárias e biografias. Apresenta-se, em um primeiro momento, o panorama nacional e internacional à época, enfatizando os principais atores envolvidos no processo político. Logo após, é explicitada a trajetória política de Oswaldo Aranha, sua formação, suas influências e realizações para, em seguida, analisar a atuação de Aranha como chanceler do Estado Novo (1937-1945) e sua decisiva participação nas relações pendulares entre o Brasil, a Alemanha e os Estados Unidos. Do estudo depreende-se que a atuação de Oswaldo Aranha como chanceler foi fator determinante para que o Brasil se alinhasse aos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, influenciando o processo decisório no governo Vargas e podendo, dessa forma, extrair da cooperação entre os dois países o maior número de vantagens para o Brasil.
(Adicionado: 2ªf Fev 09 2009 | Visitas: 115 | Colocação: 9.00 | Votos: 1) AvaliarO Espelho de Portugal é a designação de uma jóia - pregadeira ou fivela - que ganhou o nome em Inglaterra no tempo dos Stuart, assim referida em crónicas e inventários da época. Por exemplo, sabe-se que o então príncipe de Gales, que depois viria a ser Carlos I, o transportou numa jornada, em 1623. Em Inglaterra havia várias jóias chamadas espelhos: o Espelho da Grã-Bretanha e o Espelho de Nápoles são conhecidos. O Espelho de Portugal era um adorno que tem um grande diamante central, talhado em mesa rectangular, chamado o diamante de Portugal. Essa jóia é transportada ao peito pela raínha Henriqueta Maria, mulher de Carlos I, neste retrato. Sabe-se que o diamante de Portugal - provavelmente um cabochão rectangular de mais de 30 quilates - foi apropriado por Isabel I de Inglaterra a D. António, prior do Crato, em 1582. D. António, no exílio, entregou o diamante como garantia junto da rainha de Inglaterra, que proporcionou uma armada. Isabel I usou este pretexto para se apoderar do diamante.
(Adicionado: 3ªf Dez 30 2008 | Visitas: 258 | Colocação: 9.25 | Votos: 4) AvaliarDesde o feudalismo, e de forma geral nas monarquias, as armas reais coincidiam com a representação simbólica dos Estados de que o soberano era titular. O Escudo de Armas é o objecto de estudo da Heráldica, tida como uma estenografia da História e ciência nobre (Slater, 2005) e pode ser definido como um sistema hereditário de cores e símbolos, nascido no escudo de guerra medieval, para identificação pessoal. A Heráldica principiou no século XII, entendida como a arte de formar e descrever brasões de armas. O termo símbolo pode ser objecto de alguma contestação, na medida em existe uma corrente de opinião que considera o símbolo arbitrário. Ora todos os elementos constitutivos dos escudos de armas são portadores de significado, e melhor seria designar o Escudo de Armas como um signo, revelando a tricotomia inerente, conforme Peirce enunciou, expressa numa relação sintáctica -o arranjo dos elementos e das suas cores -, uma dimensão semântica -relativa ao significado -e uma dimensão pragmática adstricta a uma função social e política. Neste contexto o escudo de armas também é um significante e podemos ensaiar uma interpretação morfodinâmica, centrada na sua metamorfose.
(Adicionado: 3ªf Dez 30 2008 | Visitas: 145 | Colocação: 10.00 | Votos: 2) AvaliarEste artigo é um pequeno ensaio sobre as descobertas marítimas e o conhecimento cartográfico do mundo, tem o objetivo de levantar dúvidas sobre o mundo que conhecemos e se foi ou não explorado bem antes do que podemos imaginar. Não é um texto de convicções, mas traz assuntos que normalmente não freqüentam os livros de história oficiais, aliás, informação que se for usada em concursos ou provas o levará a tirar zero neste item, por tratar-se de assunto polêmico, muitas vezes tratado de pseudociência ou teoria da conspiração, resumindo: faz-de-conta. Mas existe uma quantidade de dados em forma de mapas, portanto fatos, que dizem exatamente o contrário do que aprendemos no cotidiano. Este ano comemoramos quinhentos e oito anos da descoberta do Brasil, dada em 22 de abril de 1500 por Pedro Álvares Cabral, para comemorar esta data envio o Mapa Mundi de Cantino. Um mapa repleto de detalhes, do ano de 1502 e que mostra um Novo Mundo repleto de detalhes.
(Adicionado: 3ªf Dez 30 2008 | Visitas: 150 | Colocação: 8.00 | Votos: 1) AvaliarO Sancy é um diamante famoso - a sua trajectória ao longo da história ilustra alguns dos acontecimentos mais marcantes na Europa nos últimos 500 anos do milénio passado: a emergência da dominação dos Habsburgos, a perda de independência de Portugal, o fim dos Valois em França, a guerra civil em Inglaterra, a revolução francesa, o romantismo, e finalmente a dominação do capitalismo financeiro do século XX a que sucede um remate socialista. O Sancy é um diamante originário da Índia e pesa cerca de 55 quilates, tem uma forma oval/pera, dir-se-ia uma amêndoa, e está talhado em rosa dupla. Encontra-se na galeria de Apolo do museu do Louvre, em Paris. Alguns autores referem que o diamante pertenceu a Carlos o Temerário, Duque de Borgonha, filho de Filipe o Bom, da casa de Valois, e de Isabel de Portugal, única filha de D. João I. Carlos - considerado o último grande representante do espírito feudal - perdeu a vida na batalha de Nancy, em 1477, e, como consequência, o ducado de Borgonha veio a integrar-se no Sacro Império Romano através do casamento da filha, Maria de Borgonha, com Maximiliano da Austria, de quem virá a nascer Filipe I de Castela. Carlos levou o diamante para a batalha, e assim, o Sancy testemunhou o acontecimento que veio fazer emergir os Habsburgos para o primeiro plano das famílias reinantes da Europa. O diamante, recuperado como despojo do duque - aqui, presumivelmente representado no peitoral direito - foi vendido por um soldado suíço a um clérigo que por sua vez o terá revendido a um negociante de Luzerna.
(Adicionado: 3ªf Dez 30 2008 | Visitas: 118 | Colocação: 10.00 | Votos: 1) AvaliarComunicação apresentada ao XXI Congresso de História das Ciências. Cidade do México, Julho de 2001. Viagem subsidiada pela Fundação Calouste Gulbenkian. A respeito de Francisco António Pinheiro Bayão, que eu saiba, não se publicou nenhum artigo, nem sequer nas enciclopédias. O seu nome figura apenas em catálogos de fauna e em descrições de novas espécies angolanas, como colector. Há ainda um campo literário a explorar, decerto de carácter político, na imprensa da época, pois reclama numa carta que na qualidade de jornalista sempre afrontara "cara a cara o despotismo, defendendo pobres vítimas, sob o risco de uma perseguição atroz". Segue com uma descrição de Angola, feita sob o signo ainda de homem da comunicação pública: "Vinha a propósito dizer-lhe o quanto esta terra está longe de ser um país civilizado, e como é que aqui triunfa a mais torpe imoralidade. Basta pensar que aqui não há imprensa, não há opinião pública, não há nada do que é indispensável manter numa sociedade em certo grau de civilização." (Bayão, 1864).
(Adicionado: 2ªf Dez 29 2008 | Visitas: 113 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarJoão da Silva Feijó, militar de carreira, pertence ao número de portugueses nascidos no Brasil que se formaram na Universidade Reformada. Na Biblioteca Nacional, em Lisboa, existe um inédito dele, "Itinerário F(i)losófico", constituído por sete cartas dirigidas ao ministro da Marinha e Ultramar, Martinho de Mello e Castro (1), que descreve a sua exploração em Cabo Verde. Nesta comunicação apresentamos o contexto cultural e económico em que se insere essa viagem filosófica e transcrevemos segmentos das cartas, vertidos para o nível de língua actual. Incidem na geografia física, topografia, portos, costumes e flora das ilhas do Fogo e Brava. Deu-se relevo ás descrições do Pico do Fogo e Chã da Caldeira, feitas pela primeira vez.
(Adicionado: 2ªf Dez 29 2008 | Visitas: 100 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarAs lápides representam a tentativa de permanência, o recado para a posteridade. E podem representar muito mais. O interesse dos historiadores por esse tipo de legado é corrente em diversas correntes historiográficas. Elas são, inegavelmente, fonte; registro palpável de dados e de vontades e idéias pretéritas. Fonte de história local, das mentalidades e inclusive outras vertentes. A história local assume particular premência num tempo marcado por uma crescente globalização e propensão para a massificação e uniformização cultural, em que urge desenvolver a consciência do valor da História e do patrimônio enquanto marcas da herança cultural coletiva. Neste sentido, a história local propõe-se desenvolver e enquadrar estudos no âmbito da história regional e nacional.
(Adicionado: 5ªf Nov 20 2008 | Visitas: 125 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) Avaliar15 Anteriores | Próximos 15 |