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Desenvolvimento. Estado da pobreza no âmbito mundial. Principais concepções da pobreza. A situação da pobreza em Angola, em particular na província de Benguela. No decorrer dos últimos anos, a problemática da pobreza no mundo em desenvolvimento tem constituído preocupação crescente dos respectivos governos e da comunidade internacional. As profundas desigualdades na distribuição da riqueza no mundo atingem actualmente proporções verdadeiramente chocantes e o número de pobres não para de crescer, sobretudo nos países africanos. Angola, como país africano, não fica relegado neste sentido, e tem tomado consciência do problema tendo elaborado no ano de 2003 um documento declaratório chamado "Estratégia de Combate à Pobreza" (ECP) o qual foi publicado ao 11 de Novembro em Luanda. Esta estratégia surge num contexto de consolidação da paz e na sequência dos objectivos e prioridades fixados nos programas do Governo que advogam a necessidade de promover um desenvolvimento económico e social abrangente e sustentável. Hoje vários cientistas sociais têm se dedicado ao estudo do tema da pobreza. Sociólogos, antropólogos e historiadores produzem páginas e mais páginas de reflexão sobre a incômoda condição social, o que resulta finalmente em metodologias e em olhares diversos sobre o tema. Assim, o desenvolvimento deste capítulo tem por finalidade estabelecer as principais ideias, conceitos e definições dadas pelos cientistas sociais e organizações internacionais sobre o tema em questão abordar-se-á a problemática partindo de três aspectos essenciais: primeiro, Uma visão geral da pobreza a nível mundial, onde se faz um resumo da situação nos diferentes continentes do planeta; segundo, Principais concepções da pobreza, aqui analisa-se as definições da pobreza por parte de instituições, cientistas e outras entidades para além de outros aspectos relacionados com o tema e finalmente tratar-se-á A situação da pobreza em Angola em particular na província de Benguela, lugar que foi objecto de estudo nesta investigação...
(Adicionado: 3ªf Jan 16 2007 | Visitas: 242 | Colocação: 6.00 | Votos: 1) AvaliarÉ preciso cuidado com as palavras quando se discute um tema como "a Sociologia de Gramsci". Não se trata, como poderá parecer a alguns, de dizer que Gramsci tenha constituído, a partir dos Cadernos do Cárcere, uma teoria sociológica. Cuida-se, tão simplesmente, de procurar ver aquilo que, neles, indica que o pensamento do Autor estava em consonância com uma certa maneira de analisar a realidade social que se chamava, à época e hoje, "Sociologia". Ousaria acrescentar --levando em conta a opinião daqueles que não vêem Gramsci preocupado com a Sociologia, mas apenas com a Ciência Política -- que não poderemos compreender seu pensamento se não atentarmos para o cuidado que tem em estabelecer os fundamentos sociais das situações que analisa e até para a construção de boa parte de seu pensamento. Diria, mesmo, que ele estabelece alguns cânones para a análise que só podem ser tidos por sociológicos, pouco importando a que escola possamos pretender filiá-lo.
(Adicionado: 2ªf Dez 04 2006 | Visitas: 251 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarA situação no Haiti, quer dizer a situação que se criou para o governo Lula depois da morte do general que comandava as forças da ONU naquele país, essa situação pode dar origem a processo social e político de desdobramentos imprevistos. Esse processo, conforme seja o comportamento dos atores civis e militares (Ativa e Reserva) contribuirá para mudar as perspectivas de futuro até hoje alimentadas. O laudo oficial -- portanto, a versão oficial -- é a de que o general cometeu suicídio. A curiosidade leva-me a confrontar essa versão com algumas notícias que apareceram na imprensa longo após o corpo ter sido encontrado e, talvez mais importantes dos que as publicadas, as que deveriam ter sido dadas a conhecer ao público e não o foram. Abaixo, em itálico, de 1 a 5, busco reproduzir as notícias e informações sobre o alegado suicídio do general Urano Teixeira da Matta Bacellar; em tipo normal, apresento minhas dúvidas e considerações.
(Adicionado: 2ªf Dez 04 2006 | Visitas: 227 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarDos crimes e das penas - 1 (14/11/2003). Dos crimes e das penas - 2 (22/12/2003). Não pretendia entrar nesta discussão, embora há anos venha pretendendo escrever sobre "Dos crimes e das penas". Seria um artigo (ou um ensaio?) em que discutiria o problema da perspectiva da eficácia e procuraria mostrar que há crimes que merecem tratamento severo por parte da sociedade porque de fato afetam aquilo que se poderia chamar de "os estados fortes da consciência coletiva", isto é, chocam a opinião pública seja por sua brutalidade, seja por sua gratuidade, e que há crimes, especialmente alguns cometidos contra a propriedade (como, por exemplo, o estelionato) que causam apenas danos monetários (além da humilhação a que são submetidas as vítimas). Esses segundos crimes têm caráter diferente e por isso mesmo encontram menor reação da parte da sociedade e, portanto, merecem tratamento menos duro. A discussão que se trava agora sobre a redução da idade penal, na seqüência do assassinato dos dois jovens em Embu Guaçu, levou-me a sair do silêncio e dizer alguma coisa...
(Adicionado: 2ªf Nov 27 2006 | Visitas: 244 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarUm dos resultados da interminável "década perdida" pela qual passou o Brasil e muitos dos países latinoamericanos foi a perda do otimismo que marcou as teorias do desenvolvimento dos períodos anteriores. A experiência brasileira até a década de 70 era de que o país progredia de forma acelerada, o que se expressava através de altas taxas de crescimento econômico, urbanização e modernização, e a expectativa era que esta tendência continuasse indefinidamente. Com a estagnação iniciada no início dos anos 80, no entanto, aos problemas do subdesenvolvimento se somaram os da industrialização e urbanização "selvagem" - a deterioração ambiental, a decadência urbana, a violência e criminalidade crescente, o aumento da corrupção pública, as crescentes desigualdades sociais, a crônica instabilidade política e a estagnação econômica. A questão, agora, é saber se este ciclo de desenvolvimento está realmente esgotado, e se haveriam condições para sua retomada em outro patamar, e em outra modalidade. Não só a economia precisa voltar a crescer, mas há uma nova urgência no tratamento da questão social e do equilíbrio ambiental. O futuro já não garante o progresso, e pode prenunciar um processo de degeneração de conseqüências imprevisíveis.
(Adicionado: 3ªf Nov 07 2006 | Visitas: 238 | Colocação: 9.50 | Votos: 4) AvaliarO relacionamento estreito entre Universidades, a pesquisa científica e o setor produtivo é um dos fatos mais marcantes das economias modernas neste fim de século, e é natural que a Universidade Federal de São Carlos, que tem um feito um esforço importante no estabelecimento de pontes com o setor produtivo, se preocupe em saber como este relacionamento se deu, ou deixou de se dar, na história de nosso país. O meu conhecimento a respeito deste tema é limitado. Coordenei, há alguns anos atrás, um estudo sobre o desenvolvimento da comunidade científica no Brasil, no qual o tema da pesquisa básica e da pesquisa aplicada, da pesquisa universitária e da pesquisa dos institutos de pesquisa governamentais, ocupou naturalmente uma posição central. No entanto, aquele estudo se voltou, principalmente, para as ciências básicas, e não tivemos ocasião de nos aprofundar no conhecimento das experiências de trabalho de desenvolvimento tecnológico de nossas principais escolas de engenharia, a Politécnica do Rio de Janeiro e a Politécnica de São Paulo, ambas habitadas, desde o século passado, por engenheiros ilustres que combinavam o ensino de sua profissão com intenso trabalho na construção de estradas, na modernização das cidades, na construção de barragens, e assim por diante.
(Adicionado: 2ªf Out 30 2006 | Visitas: 229 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarAs relações entre o centro e a periferia de grandes sistemas organizacionais, como é o sistema de Universidades federais brasileiras, podem ser vistas a partir de dois modelos extremos e alternativos: no primeiro caso, a direção do fluxo de decisões, informações e controle fica centralizada; no outro, os órgãos periféricos são muito mais do que agentes, delegados ou instituições de base: eles, de fato, adquirem capacidades de auto-regulação, auto-controle e uma apreciável dose de autonomia e adquirem condições mesmo de se opor às diretrizes do centro.
(Adicionado: 2ªf Out 30 2006 | Visitas: 221 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarA participação política dos universitários não é, como muitos pensam, um fenômeno novo. Na América Latina, ela data pelo menos do famoso movimento da Reforma de Córdoba, Que deu a muitas universidades latino-americanas seu poder de autogestão e sua vinculação com movimentos políticos da época; de fato, ela vem de muito antes, como atesta, por exemplo no Brasil, a história da Faculdade de Direito de São Paulo, com a famosa e mal conhecida organização estudantil denominada "bucha" nos moldes das fraternidades secretas européias.
(Adicionado: 2ªf Out 30 2006 | Visitas: 230 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarO impacto da reforma de 1968 sobre o sistema de ensino superior brasileiro tem sido objeto de muitos estudos, que realçam, entre outros aspectos, as mudanças nas estruturas organizacionais das universidades, com a criação de institutos e departamentos, o estabelecimento da pós-graduação e da pesquisa, os contrastes entre o modelo de ensino-pesquisa das universidades e a proliferação de escolas isoladas de baixa qualidade. Todavia, uma das facetas menos estudadas dos efeitos da reforma diz respeito à criação de uma "profissão acadêmica" no Brasil.
(Adicionado: 3ªf Out 17 2006 | Visitas: 195 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarA ciência e a tecnologia contemporâneas passam por mudanças rápidas e paradoxais, difíceis de explicar em termos simples. Estão se tornando mais globais, mas também mais concentradas; exigem mão-de-obra mais educada, mas substituem os homens pelas máquinas; tornam-se mais aplicadas, mas também mais básicas; estão mais ligadas do que nunca à iniciativa privada, mas continuam dependentes de políticas públicas e apoio governamental. No texto que se segue, tentarei detalhar algumas dessas tendências aparentemente contraditórias e as implicações que acarretam, do ponto de vista de políticas para o setor.
(Adicionado: 3ªf Out 17 2006 | Visitas: 180 | Colocação: 8.00 | Votos: 1) Avaliar"As causas da pobreza", dizia meu antigo professor de direito, "são duas: as voluntárias e as involuntárias". Para nós, estudantes de ciências sociais, as causas da pobreza não podiam ser individuais, mas estruturais: a exploração do trabalho pelo capital, o poder das elites que parasitavam o trabalho alheio e saqueavam os recursos públicos, e a alienação das pessoas, criada pelo sistema de exploração, que impedia que elas tivessem consciência de seus próprios problemas e necessidades. Quando a TV ainda engatinhava em Belo Horizonte, participei de um programa ao vivo com uma senhora da tradicional família mineira que organizava bailes beneficentes, e fiquei chocado quando percebi que não conseguiria convencer ao apresentador, e muito menos ao público, que o que ela fazia era cínico e nocivo, mantendo os pobres iludidos pelas migalhas que sobravam das festas da alta sociedade. Como ousava este garoto, de mineiridade incerta, duvidar do espírito caridoso da elegante dama? Falar com os pobres não adiantava muito. Visitando um barraco de favela, comentei com o morador sobre as péssimas condições em que ele vivia, tentando estimular sua consciência de classe. A resposta foi de indignação. Ele era pobre, sim, mas tinha orgulho de seu barraco limpo e arrumado. Que direito tinha eu de dizer que ele vivia uma vida miserável?.
(Adicionado: 3ªf Out 17 2006 | Visitas: 183 | Colocação: 10.00 | Votos: 1) AvaliarEm fevereiro de 1940, Getúlio vargas assina o decreto-lei n 2024, tendo como tema a ""coordenação das atividades relativas à proteção à maternidade, à infância e a adolescência""; seu principal objetivo é a criação de mais um órgão da burocracia federal, o Departamento Nacional da criança, subordinado ao Ministério da Educação e Saúde. Em sua aparência modesta, o decreto é o resultado, no entanto, de um projeto muito mais ambicioso que, a pretexto de dar proteção à família brasileira, teria profundas conseqüências em relação à política de previdência social, ao papel da mulher na sociedade, à educação e até, eventualmente, em relação à política populacional do país. É este projeto, e a discussão por ele gerada, que nos interessa examinar. Ele nos permite uma visão bastante rica das mentalidades que circulavam nos altos escalões do governo brasileiro de então, assim como algo do processo decisório pelo qual projetos deste tipo eram tratados.
(Adicionado: 4ªf Out 11 2006 | Visitas: 170 | Colocação: 7.50 | Votos: 2) AvaliarGeorges Gurvitch é, possivelmente, um dos últimos pensadores sociais que tiveram a audácia de propor um sistema próprio de compreensão global do fenômeno humano, buscando uma união entre uma filosofia pluralista, de origem fichteana, uma formação fenomenológica e as aquisições da ciência social de inspiração mais positivista. A abrangência dos temas que aborda, o papel de introdutor do pensamento fenomenológico na França (com Tendances Actuelles de la Philosophie Allemande, publicado por J. Vrin em 1930), sua preocupação com a sociologia em uma época em que a escola de Durkheim havia sido cortada pela guerra, nos anos 40, tudo isso o colocou em uma posição de extremo destaque no sistema acadêmico francês como professor da Sorbonne, diretor do Cahiers Internationaux de Sociologie e da Bibliothèque de Sociologie Contemporaine, a mais importante coleção de obras sociológicas publicadas em França.
(Adicionado: 4ªf Out 11 2006 | Visitas: 177 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) Avaliar"Estatística pública", ou "estatística oficial", refere-se à informação estatística produzida pelas agências estatísticas do governo – órgãos de recenseamento, departamentos de estatística e instituições semelhantes. Elas são de especial interesse para o sociólogo de ciência porque elas são produzidas em instituições que são, simultaneamente, centros de pesquisa, envolvendo, portanto, valores científicos e tecnológicos, além de perspectivas e abordagens típicas dos seus campos de investigação – e instituições públicas ou oficiais sujeitas às regras, valores e restrições do serviço público. Os seus produtos – números relativos a população, renda, produto nacional, urbanização, emprego, natalidade, e muitos outros – são publicados na imprensa, utilizados para apoiar políticas governamentais e avaliar os seus resultados, e podem criar ou limitar direitos e benefícios legais e financeiras para grupos, instituições e pessoas específicas. Essa pluralidade de papéis, contextos e perspectivas associadas às estatísticas públicas está na própria origem deste campo.
(Adicionado: 4ªf Out 11 2006 | Visitas: 173 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) AvaliarO IBGE e a Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina (CEPAL) realizaram uma reunião em Santiago do Chile no início de maio de 1997 para examinar o estado da arte na produção de estatísticas sobre pobreza em diversas partes do mundo, e dar início a um "Grupo de Especialistas" (Expert Group(1)) que deverá dar continuidade a este trabalho, preparando recomendações que possam ser de utilidade para os institutos de estatística e demais interessados na produção, análise e uso de informações estatísticas a este respeito.
(Adicionado: 2ªf Out 09 2006 | Visitas: 161 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) Avaliar15 Anteriores | Próximos 15 |